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Doença de Crohn x vesícula biliar


A doença de Crohn pode aumentar o risco de ter problemas na vesícula biliar, diz um estudo da University of Maryland Medical Center. Mas, antes de entrarmos no assunto, vamos entender o que é a vesícula biliar.

O que é vesícula biliar?


A vesícula biliar é um órgão pequeno (tem de 7 a 10 cm), em formato de pêra. É conectada ao fígado e ao duodeno, através do trato biliar. Ela armazena a bile, um líquido que é lançado no duodeno quando um alimento que contém gordura chega lá; a bile vai emulsificar as gorduras e neutralizar os ácidos na comida parcialmente digerida.

A bile é produzida no fígado e cabe à vesícula biliar apenas o seu armazenamento até que seja necessário lançá-la no intestino (duodeno), o que acontece quando comemos.

Qual a relação com a doença de Crohn?


De acordo com a University of Maryland Medical Center, a doença de Crohn pode interferir na capacidade de o corpo reabsorver os sais biliares do trato digestório, o que pode aumentar o risco de problemas na vesícula biliar.

E que problemas podem ser esses? Bom, o principal são as famosas “pedras na vesícula” (colelitíase), que são depósitos de cálculos biliares que “endurecem” dentro da vesícula biliar. A presença das pedras não causa maiores complicações. O que pode acontecer é inflamação da vesícula biliar, infecção e dores.



Como é o tratamento?


O tratamento pode variar de pessoa para pessoa e pela severidade do problema. Pode ser desde jejum, passando por tratamento medicamentoso à cirurgia para retirar a vesícula biliar.

Mas essa cirurgia costuma ser simples e, aqui no Brasil, normalmente é feita por via videolaparoscópica (faz um pequeno corte na barriga) e a recuperação é rápida. Além do mais, a vesícula biliar não é um órgão essencial para o corpo, o que quer dizer que não há problemas em estarmos sem ela.

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O risco da cirurgia é mais para aqueles que tem doença de Crohn e/ou tem mais de 60 anos e/ou que fizeram várias cirurgias, principalmente onde os intestinos delgado e grosso (cólon) se encontram.

E você não vai parar de produzir bile. Ao invés de ela ser armazenada e ser lançada toda de uma vez quando comemos um alimento com gordura, ela vai ficar “pingando” no intestino. Por isso que o problema que pode dar depois da cirurgia é uma certa intolerância à gordura, mas com o tempo seu organismo vai se adaptando.


Cerca de 75% dos pacientes com doença de Crohn vão fazer essa cirurgia para retirar a vesícula (colecistectomia). Pacientes que tiveram que retirar uma parte significativa do íleo (2 metros ou mais) tem maior probabilidade de desenvolver cálculos na vesícula, pois este é o local que mais reabsorve os sais biliares. 


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